sábado, 21 de janeiro de 2012

Os idosos na sociedade brasileira

Os idosos na sociedade brasileira

O perfil demográfico brasileiro modificou-se nas últimas décadas, principalmente em decorrência do aumento da longevidade e da redução das taxas de mortalidade. Passamos de uma sociedade jovem a uma comunidade preocupada com políticas públicas voltadas ao tema do envelhecimento. Segundo o último censo demográfico do IBGE, a quantidade de pessoas com idade acima de 60 anos no Brasil é de mais de 20 milhões (10,8% da população).
Estimativas mostram que em 2020 estaremos na sexta posição dentre os países com maior número de idosos, com mais de 30 milhões nessa faixa etária — o que irá representar, em tese, 13% do total demográfico brasileiro.
O idoso tem grande importância na economia brasileira. O IBGE, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (PNAD), identificou que pessoas com mais de 60 anos arcam com, ao menos, metade da despesa familiar em 53% dos lares brasileiros.Não só os idosos, mas todos os indivíduos economicamente ativos devem praticar o consumo responsável.
Mas existem situações em que o controle foge das mãos do indivíduo, que acaba se vendo em desamparo financeiro. Pensando nisto, foi desenvolvido o crédito consignado em folha de pagamento, inicialmente voltado aos aposentados e pensionistas do INSS e hoje estendido a todos.
A sociedade necessita encarar a realidade do envelhecimento partindo para um novo comportamento, estabelecendo um elo entre as gerações.
Como as parcelas do crédito consignado são descontadas na folha de pagamento do aposentado ou pensionista, o risco da operação é reduzido, com taxas menores que em outras modalidades de empréstimo.
O idoso está numa fase da vida em que deve colher os frutos de seus esforços, o que não significa que deva negar auxílio aos seus filhos e entes queridos. Contudo, deve diferenciar a ajuda da exploração. Por vezes, o idoso acaba cedendo aos apelos das gerações mais novas em troca de afeto e consideração.
Devido a situações de abusos financeiros, psicológicos, morais e até físico, o Governo Federal elaborou o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), visando sacramentar o que pondera o artigo 230 da Constituição: “a família, a sociedade e o Estado devem amparar as pessoas idosas, oferecendo-lhes bem-estar e dignidade, além da garantia do direito à vida”.
Atualmente, pautados no Estatuto, os idosos estão se reunindo em sindicatos, grupos e ONGs. A partir do Estatuto, ações discriminatórias contra as pessoas idosas, tais como desdenhar, humilhar e menosprezar, foram tipificados como crime. Também não se pode impedir ou dificultar o acesso do idoso às operações bancárias e aos meios de transporte. Caso alguma dessas situações ocorra, o idoso deverá procurar as autoridades policiais e o Ministério Público.
Há também os Conselhos do Idoso, a exemplo da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, que promove ações em defesa dos interesses e direitos do segmento.
Porém, oito anos após a criação do Estatuto, a maioria dos princípios e direitos previstos ainda não faz parte do cotidiano dos idosos. Muitos sofrem com o isolamento, o preconceito e a falta de carinho da família. A sociedade necessita encarar a realidade do envelhecimento partindo para um novo comportamento, estabelecendo um elo entre as gerações.

Núcleo Inclusão no B

airro

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