sábado, 23 de abril de 2011

Financiamento público das campanhas eleitorais, saída para as pessoas com deficiência se elegerem.

É uma medida vista como solução para impedir a prevalência do poder econômico nas disputas eleitorais, manifestado na maior possibilidade de eleição daquele candidato que tem mais recursos financeiros.
Além disso, a medida visa coibir a busca de recursos para as campanhas eleitorais junto a grupos econômicos, bancos, empreiteiras de obras, empresas concessionárias de serviços públicos e outras.
Isto porque essas empresas, depois dos pleitos, pressionam os eleitos em busca de favores e negócios superfaturados em troca da ajuda concedida. A medida é boa, mas não resolve inteiramente a questão das desigualdades nas disputas eleitorais, considerando que a repartição dos recursos será feita proporcionalmente à votação obtida pelos partidos políticos, contemplando as grandes agremiações.
Outra dúvida está na distribuição dos recursos entre os candidatos pelas direções partidárias, que podem privilegiar algumas candidaturas em detrimento de outras.
E por fim, nada impedirá que partidos e candidatos busquem recursos por fora para suas campanhas, pois será praticamente impossível controlar e fiscalizar uma eleição de tamanho porte como é a brasileira, com dezenas de milhares e até centenas de milhares de candidatos, como é o caso das eleições municipais.
Em relação nós pessoas com deficiência temos que articularmos para fazer representar uma parcela de mais de 24,5 milhões de pessoas que tem algum tipo de deficiência, que são consumidores e eleitores e precisamos nós fazer representar nos parlamentos.
Este é um novo paradigma de luta de nosso segmento.

Warley Viana
Administrador, Especialista em gestão escolar e militante do segmento as pessoas com deficiência